segunda-feira, 17 de maio de 2010

DÚVIDA - Pouco leite, será?

A grande maioria das mulheres tem condições biológicas para produzir leite suficiente para atender à demanda de seu filho. No entanto, uma queixa comum durante a amamentação é “pouco leite” ou “leite fraco”.

Muitas vezes, essa percepção é o reflexo da insegurança materna quanto a sua capacidade de nutrir plenamente o seu bebê. Essa insegurança, com freqüência reforçada por pessoas próximas, faz com que o choro do bebê e as mamadas freqüentes (que fazem parte do comportamento normal em bebês pequenos) sejam interpretados como sinais de fome.

A ansiedade que tal situação gera na mãe e na família pode ser transmitida à criança, que responde com mais choro.

A suplementação com outros leites muitas vezes alivia a tensão materna e essa tranqüilidade é repassada ao bebê, que passa a chorar menos, vindo a reforçar a idéia de que a criança estava passando fome.

Uma vez iniciada a suplementação, a criança passa a sugar menos o peito e, como conseqüência, vai haver menor produção de leite, processo que com freqüência culmina com a interrupção da amamentação.

Até a “descida do leite”, que costuma ocorrer até o terceiro ou quarto dia após o parto, a produção do leite se dá por ação de hormônios e ocorre mesmo que a criança não esteja sugando. A partir de então, a produção do leite depende basicamente do esvaziamento da mama, ou seja, é o número de vezes que a criança mama ao dia e a sua capacidade de esvaziar com eficiência a mama que vão determinar o quanto de leite materno é produzido.

Fonte: Saúde da criança: nutrição infantil - aleitamento materno e alimentação complementar. Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica, n. 23. Ministério da Saúde.

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